quarta-feira, 28 de abril de 2010

Cativemos essa flor



Quem é essa menina com uma baladeira no pescoço?
Parece que essa sua cara de mal é um pouco para desafiar o tempo e a dor...
Quem é essa sua prima que mora lá para as bandas da capital? Uma loira poderosa...
Ela parece carregar em si uma alegria triste, com um gesto escondido atrás dos olhos de uma dura e bela contabilidade: uma perda irreparável e uma experiência milagrosa.
Eu tinha medo de enfrentá-la, juro! A Tuxa, minha Tuxa sua prima, sempre lhe traduzia como uma personalidade delicada, reservada e de difícil acesso. Parecia verdade!
Mas te conheci o suficiente nos pouquíssimo momentos que tivemos.
Carregas contigo uma criança esquisita desafiadora, uma moça de olhar cinza escuro e uma mulher de sorriso praia-shopping.
Não! Não é bem assim que deves se sentir...
Mas aprendi a perceber o que está além de seus olhos.
Percebi que suas lágrimas foram transformadas em tinta para tatuar seu corpo, homenagem eterna do seu amor infinito.
Também vi a criatividade e molecagem nos codinomes repassados para os mauricinhos e atrevidos de plantão.
Alguém que busca viver e desafiar as adversidades com simpatia e bom humor. Que aceita a dificuldade como aprendizagem. Que estampa a sinceridade em seus sentimentos.
Que carrega em si uma experiência valiosa da vida, o milagre de Deus e a capacidade de suportar a dor.
Por último, proponho uma mudança: trocar o nome da mais bela roseira que seus pais até hoje cultivaram, por esse: Uma roseira chamada Alaíde que brota todos os dias uma flor de nome Raquel.
À você e a este dia, eu e Tuxa, seremos seus eternos colibris.

Sem comentários:

Enviar um comentário